miércoles, 29 de diciembre de 2010

Balance 2010


ver:

http://www.latercera.com/canal/santiago/1731.html

http://www.elmostrador.cl/noticias/pais/2010/12/29/concejales-de-la-reina-el-2010-fue-el-ano-de-la-urbanizacion-de-la-sociedad-chilena-y-sus-enormes-desigualdades/

Los concejales de La Reina, Francisco Olea y de Santiago, Ismael Calderón, realizaron un balance de 2010 en temas urbanísticos y llamaron a construir el año 2011 una ciudad sustentable, con alta eficiencia energética, con medios de transporte de calidad y no contaminantes, que valore su morfología y paisaje, que recicle su historia y trama.

"La consolidación de los centros urbanos como estilo y proyecto de vida, y las dramáticas desigualdades al interior de las ciudades marcaron el año 2010", aseguraron los representantes comunales.

Aunque ambos funcionarios valoraron los programas de ciclo vías, los esfuerzos por aumentar el per cápita de áreas verdes, mantención de parques y arbolado urbano, y el anuncio de dar urgencia al proyecto de antenas celulares, tenencia responsable de animales y mascotas, y la extensión del Metro de Santiago.

Aunque "la cara más gris del balance de 2010, junto a las brechas urbanas, siguen siendo los tacos y congestión vehicular, la seguridad ciudadana y el retraso inexplicable del cierre de la autopista Vespucio Oriente", explicaron en un comunicado.







...

sábado, 18 de diciembre de 2010

Vida de perros


Concejales llaman a fiscalizar posibles abusos en exterminio de perros callejeros

Ismael Calderón y Francisco Olea hicieron un llamaron a la ciudadanía a denunciar cualquier situación de abuso o maltrato animal, y al parlamento a legislar con sello humanitario.

ver:

http://latercera.com/noticia/nacional/2010/12/680-330220-9-concejales-llaman-a-fiscalizar-posibles-abusos-en-exterminio-de-perros.shtml

Los concejales de Santiago y La Reina, Ismael Calderón y Francisco Olea respectivamente, señalaron que "hemos recibido quejas y preocupación de muchos vecinos sobre un tema de alta sensibilidad hogareña. Los perros son parte del afecto y cariño de muchas familias, que ven en este tema un área de posibles abusos y arbitrariedades".

La Contraloría General de la República dictaminó hace unos días a favor de que las municipalidades puedan practicar la eutanasia de perros vagos, cuando estos canes se encuentren enfermos o gravemente heridos.

El concejal de la Reina preciso que "hemos insistido que la eutanasia, sin una ley clara y reglamento en los municipios, es un asunto frágil para la comunidad y no puede ser ambivalente cuando hablamos de la vida de muchos perros y animales en general. En nuestro municipio estamos elaborando una ordenanza centrada en el cuidado responsable de las mascotas".

Por su parte el Concejal de Santiago indico "Hace unas semana en el Concejo Municipal de Santiago aprobamos una ordenanza que tendrá un periodo de sensibilización con las vecinas y vecinos de Santiago entrará en vigencia en Mayo del 2011, pero lo más importante que confirmamos que somos una comuna anti eutanasica, concluyo "

Los concejales Olea y Calderón llamaron a la ciudadanía a denunciar cualquier situación de abuso y maltrato animal, al parlamento a legislar con sello humanitario y pro vida en esta relevante materia legal. Asimismo, a financiar perreras municipales, aspecto fundamental para los gobiernos locales”.






...

miércoles, 15 de diciembre de 2010

Patrimônio cultural como raiz do futuro



Madre de las piedras
oscuras que teñirían
de sangre tus pestañas!

Pablo Neruda
Canto General


por Ângelo Oswaldo de Araújo Santos



Em fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, edifício inspirado na extravagância do Palais Garnier de Paris, marcava a eclosão de um grande movimento de renovação da poesia, da literatura, das artes visuais, do teatro e da música no Brasil. Alcançando, em primeiro lugar, o próprio olhar brasileiro sobre a arte e a cultura, o modernismo articulou-se e irrompeu no ano do centenário da independência do país, ocorrida em 7 de setembro de 1822, com a proclamação feita pelo príncipe regente Dom Pedro (1798-1834), tornado imperador Pedro I.


A queda da monarquia e o advento da república, em 15 de novembro de 1889, pretenderam haver atualizado o Brasil, preparando-o para o século XX, em sintonia com as demais nações americanas. Mas a forte influência européia, exercida sob os padrões neoclássicos do ecletismo, enquadrou a cultura brasileira e condicionou seu olhar nos limites estreitos e asfixiantes de um campo do qual a própria Europa se retirava, sempre mais, desde os impressionistas até as estonteantes rupturas dos primeiros anos do novo século, de Paris a Moscou, de Milão a Berlim.
Os modernistas brasileiros, diferentes daqueles assim denominados em outros países da América Latina — pelo que se chama de modernista o poeta Ruben Dário, no Brasil qualificado como parnasiano —, praticavam o espírito de vanguarda que tinha contaminado os polos culturais europeus. Visavam, porém, uma nova estética, “na afirmação desse nacionalismo que deve romper os laços que nos amarram desde o nascimento à velha Europa, decadente e esgotada”, conforme escreveu Paulo Prado. Almejavam a libertação do verso brasileiro, a independência da arte e do artista reencontrados com o chão natural.


Os poetas Manuel Bandeira e Mário de Andrade, em princípio influenciados pelo simbolismo de Verlaine e Mallarmé, a pintora Anita Malfatti, tocada pelo expressionismo alemão, o pintor Di Cavalcanti, autor da marca do programa da famosa Semana, e o extraordinário músico Heitor Villa-Lobos encontravam-se entre os principais protagonistas da revolução que explodiu na Semana de 1922 e atingiu diversos pontos do país.


Em 1924, o principal grupo de modernistas de São Paulo convidou o poeta suíço-francês Blaise Cendrars para uma temporada no Brasil. Um incidente assinalou o desembarque de Cendrars, no porto de Santos. Quiseram impedir a sua entrada no país, por ser mutilado — o Blaise “sans bras”, que perdera um braço, em batalha da Grande Guerra, funcionários alfandegários julgaram tratar-se de um imigrante.


Mário de Andrade escreveu, em artigo inflamado, que aquele era o exatamente o braço de que o Brasil necessitava para acionar a manopla do tempo e inaugurar o futuro. O poeta europeu de fato veio impulsionar intensamente a renovação que efervescia no espírito das gerações do começo do século. Era fevereiro e, juntos, eles seguiram para o Rio de Janeiro, em pleno Carnaval, aturdidos pela brasilidade da festa, o que fez com que se organizassem para uma viagem às antigas cidades coloniais do estado de Minas Gerais, em abril, por ocasião da Semana Santa. “Não mais os navios para o Havre, mas os trens para Minas”, recomendou-lhes Cendrars, diante do encantamento em que se enredaram nas cidades históricas.

Experimentaram ali a mesma sensação que, em 1908, havia perturbado o jornalista, escritor e diplomata uruguaio Manuel Bernárdez. Nascido na Espanha e radicado em Montevidéu, tendo sido, na década de 1920, embaixador do Uruguai no Rio de Janeiro, Bernárdez fora enviado ao Brasil para realizar uma série de reportagens sobre o progresso da jovem república para “El Diário”, de Buenos Aires, logo reunidas em livro que obteve largo sucesso, em razão dos elogios às transformações positivas do país.


Na cidade de Ouro Preto, assombrado pelo espetáculo visual que prontamente o fascinou, Manuel Bernárdez questionou o Brasil diante da decadência ruinosa da velha metrópole do ouro colonial:

– Como seria grato e bom acudir a Ouro Preto! Não será possível deixares expirar assim uma cidade que é carne de tua carne, força de tua força e glória de tua glória! Por que não fazeres dela teu ateliê, tua usina cerebral, tua Coimbra, tua cidade do ideal, teu horto do futuro! Onde floresceu tua velha opulência, por que não semeares a flor preciosa de tua nova cultura! Por que não encheres esse álveo onde passaram rios de ouro com caudais inesgotáveis de pensamento, ensino, civismo, ciência, moral e progresso? Entre as tumbas gloriosas e os berços livres há uma indestrutível correlação! Ouro Preto, eu o vejo, eu que sou um transeunte, vejo que enterra suas raízes em pleno coração do passado brasileiro, e essas raízes não se podem mirrar sem que sofra uma perda de seiva o coração onde profundaram. A tradição é uma amorosa nutriz que alimenta a alma com energias inesgotáveis. Ditosos os povos que lhe podem beber nos seios maternais exemplos de abnegação, arrojos, poesia, legendas de heroísmo, lições de fé! Ouro Preto, que provou a grandeza e o infortúnio, que subiu e desceu todas as duras curvas da sorte, como se sua orografia bela e atormentada fosse o diagrama de seu destino, pode ser o magnífico cenário de um grande florescimento acadêmico, artístico, científico – pode ser um ponto de concentração de culturas e de irradiação de aptidões técnicas e de forças morais, armadas para todas as nobres conquistas!


Belo Horizonte e Ouro Preto não se excluem – completam-se, formando a cadeia ideal de união do que foi com o que está sendo e com o que há de ser. Minas não poderá, sem dúvida, dar vida e desenvolvimento a duas metrópoles – porém a União tem aí um dever e uma honra, que assumir e fazer seus – porque se Ouro Preto acabasse essa vida que hoje se vai extinguindo entre cinzas de lenda, não ia ser só de Minas o luto – o Brasil inteiro havia de passar pelas ânsias de uma dor e amargar a brusca evidência de uma perda!

Impactados de igual modo, os modernistas foram muito além e chegaram ao núcleo essencial do desafio em que se debatiam. De imediato, identificaram as raízes mais profundas da cultura do Brasil. Viram na arte de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), a primeira manifestação genuinamente brasileira, uma criação que fundira as diversas contribuições e resultara num gesto novo, autônomo e original. Aleijadinho nasceu e morreu em Ouro Preto, tendo recebido essa alcunha em razão de deformidades impostas, no final de sua vida, por uma grave doença. Foi arquiteto, escultor e entalhador, nas principais cidades de Minas Gerais, sendo considerado por especialistas tais quais o historiador francês Germain Bazin, o inglês John Bury e o norte-americano Robert Chester Smith como o primeiro artista brasileiro, ou seja, o primeiro a exprimir um estilo próprio, não mais importado mas resultante da soma genial de variados contributos que a maleabilidade do barroco atraía e o talento do mestre amalgamava. Sua lição, para os modernistas, foi re-significadora. Globalizado pelas conquistas ibéricas, o barroco permitiu que aflorassem, em diferentes partes do mundo, interpretações e leituras originais de seus paradigmas e estilemas. Sendo a arte da dominação, inspirou a liberdade; instrumento da opressão absolutista, operou a libertação criadora; dogma da contra-reforma, provocou a sensualidade do trópico.


O chamado barroco mineiro, que plasmou a produção artística e a vida cultural e social da região de Minas Gerais, no século XVIII, engendrou as primeiras manifestações tipicamente brasileiras de artes visuais, música e literatura, sendo o Aleijadinho um verdadeiro fenômeno de criatividade. Ao mesmo tempo, e em virtude desse ambiente, a conjuração de 1789, conhecida como a Inconfidência Mineira, foi o primeiro grande passo no sentido da independência do Brasil.
O arquiteto e professor chileno Manuel Casanueva, estudioso das igrejas de Ouro Preto, afirmou que “estos edificios (...) en Brasil constituyen un estilo arquitectónico propio y original de América, lo que puede presentarse como un signo de carácter que adquiere la arquitectura americana en su época de fundación, situación que puede ubicarnos frente a una tipología de la arquitectura luso-americana possible de trascender al resto de Iberoamérica”.


Embora nosso diálogo não seja intenso, há crescente interesse pelo patrimônio cultural mineiro nos países latino-americanos. É importante lembrar que, nos anos de 1940, o fotógrafo argentino Horácio Coppola foi a Minas Gerais fotografar a obra do Aleijadinho, num registro sensível e impactante. O escritor Abelardo Arias, na década de 70, publicou em Buenos Aires um romance no qual resgata a vida do Aleijadinho no ambiente da Inconfidência Mineira. Em 1973, Júlio Cortázar visitou Ouro Preto e Congonhas, a fim de conhecer o legado do artista. Octavio Paz esteve nas duas cidades, em 1985, com o mesmo objetivo.


A viagem de 1924 ao barroco de Minas alterou os rumos do modernismo. Tarsila Amaral, importante pintora de São Paulo, que havia estudado em Paris com Gleizes, Lothe e Fernand Léger, não seria mais a aluna aplicada de referências francesas, porém a inventiva e inquietante criadora do “Abapuru”, óleo sobre tela que hoje se acha no MALBA, Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires. Ela passou a pintar as cenas que, como num filme, vira desfilar pelas janelas do trem, as paisagens do interior e as cores provincianas até então menosprezadas, e figuras míticas que emergiram uma nova mirada sobre as coisas brasileiras.


Os modernistas proclamaram a “redescoberta do Brasil”. Queriam redescobrir a realidade brasileira de uma perspectiva original, e situando-se nela, o poeta Oswald de Andrade lançou o Manifesto Antropofágico, em 1928, evocando o fato de que os índios tupinambás haviam comido o primeiro bispo do Brasil, Dom Pero Fernandes Sardinha, tão logo chegara ao litoral, salvo de naufrágio, no século XVI. Para o poeta, era preciso deglutir toda contribuição estrangeira, digerir a arte européia e refazê-la como o Aleijadinho no século XVIII. “Poesia pau-brasil”, assim Oswald intitulou o seu livro de 1924, na busca da origem e da originalidade. De uma poesia de exportação, tal como a madeira vermelha fora o primeiro produto brasileiro levado à Europa. Mário de Andrade publicou “Macunaíma” (1928), uma rapsódia com que revolucionou a literatura e a visão do país.


Os modernistas despertaram a atenção geral para as cidades históricas e o patrimônio artístico. O passado não é o que passou, mas o que fica daquilo que passou, ensinou Alceu Amoroso Lima. A viagem de 1924 foi urna referência extraordinária. Quase todos os poetas modernistas, nesse momento, compuseram obras sobre temas do patrimônio e lutaram por sua preservação.


Em 1935, o então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, que havia participado do movimento modernista na década anterior e tinha como chefe de gabinete o poeta Carlos Drummond de Andrade, acolheu o clamor dos modernistas. Convidou, inicialmente, o poeta Mário de Andrade para elaborar uma grande enciclopédia do patrimônio cultural do país, mas a completa falta de levantamentos e inventários levou Mário a dizer-lhe que o caminho seria outro. Assim, a partir de 1936, começou a ser instalado o Serviço (hoje Instituto, IPHAN) do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tendo à frente o escritor modernista Rodrigo Meio Franco de Andrade.


Os poetas Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade e os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer achavam-se entre os primeiros colaboradores do IPHAN. Essa verdadeira campanha de resgate da história e da memória do Brasil, dos testemunhos materiais móveis, das edificações e centros urbanos que então definhavam, do universo visual da tradição vernacular e da arte da mão do povo, do som da terra e de uma sensibilidade primitiva, que era também a dos cubistas, superando o paradigma europeu — foi todo esse movimento que conduziu as vanguardas a novos enunciados estéticos, num patamar até ali apenas sonhado por alguns poucos.

Dessa forma, pode-se dizer que o processo de renovação artística e cultural do Brasil no século XX foi balizado pelas referências advindas do patrimônio cultural, como fonte permanente do novo. O gesto inédito da criação, a ruptura, a invenção do design, as vanguardas, a reinterpretação das tendências internacionais, a construção da modernidade brasileira, tudo isso evoluiu a partir da mirada modernista sobre o patrimônio que o Brasil acumulara ao longo da história colonial, a herança pré-cabralina, a contribuição africana, o primado europeu, o pacto antropofágico de Oswald de Andrade. A procura tinha por meta uma língua e uma linguagem brasileiras.


É significativo enfatizar que, no Brasil, patrimônio e vanguarda, tradição e ruptura, estabeleceram um diálogo rico de conseqüências no plano da criação artística. Os conceitos de proteção, salvaguarda e conservação de bens culturais materiais e imateriais são abastecidos pelo desejo de evolução com base no fluxo histórico que vem do passado rumo ao futuro, em comunicação dinâmica e transformadora.


Um século depois da independência, o Brasil quis ser independente no território da cultura e proclamou a liberdade de criar sem a regência estética da velha metrópole européia. Mais um século é vencido e, na mirada do bicentenário, posto em que se colocam como observadores quase todos os Estados ibero-americanos, a questão se dirige ao modo pelo qual os nossos países se inserem no mundo globalizado.


É ainda o patrimônio cultural que pode responder e equacionar o desafio. Documento de identidade de um país, raiz, referência, baliza, fonte de inspiração e ânimo, os acervos e as linguagens culturais constituem o melhor detector de vírus que possam contaminar a soma das contribuições e o diálogo enriquecedor de que falavam os modernistas de cem anos atrás. Quem conhece Ouro Preto, disse o ensaísta Afonso Arinos de Melo Franco, não pode duvidar do futuro do Brasil. Quem conhece o patrimônio dos países aqui reunidos, mais ainda confia no amanhã da América Latina.


Há cerca de 20 anos, o pensador Emanuel Dimas de Melo Pimenta, em conversa com um diplomata brasileiro em Lisboa, ouvia dele a profunda impressão sentida diante de um planeta aparentemente sem ação, “imobilizado” face a tudo o que acontecia. “As pessoas parecem estar paralisadas, como se estivessem petrificadas por uma overdose informacional”. Algum tempo antes, frisou Melo Pimenta, McLuhan havia afirmado que “todos os media são clichês ambientais. O efeito de tais ambientes é a narcose ou entorpecimento. Este é o tipo de prisão que, misteriosamente, resulta em metamorfose”.


As tecnologias modernas, fatores exógenos, favorecem a diluição das características e peculiaridades culturais de um país, no processo dessa nova dependência, que é tecnológica e é cultural. O espaço da cultura se demarca pela ação criadora do homem, a qual expressa a sua liberdade, e os referenciais acumulados nesse contexto são instrumentos para a construção dialética do presente e do futuro, porque ainda existe, como escreveu o pensador e economista Celso Furtado, uma resistente capacidade de reação, fundada na crença de que a história do homem está longe de ter sido cabalmente contada.


Aonde o levará a civilização que o transforma em robô? — indaga Furtado, ao contemplar o horizonte de perplexidades do terceiro fim de século vivido pela civilização industrial. Que formas assumirá a sua última resistência? Haverá uma nova civilização ou apenas a prolongação da atual sob formas degradadas?


O ponto crucial da cultura na era da globalização reside no fato de que as atividades culturais e a ação criadora do homem se operam em espaços nacionais, entre a regra e a exceção, mas dependentes de impulsos gerados no plano transnacional, condicionantes de idéias e sentimentos mundializados. Tudo é teleguiado pelas mesmas matrizes globais. Novas atividades religiosas e para-religiosas, de um lado, e o caráter instrumental da ciência na transformação do mundo, de outra parte, são oferecidos como caminhos antagônicos, embora permitindo eventuais satisfações.


Estão em causa a alimentação da criatividade em sua área mais nobre, que é a da atividade artística, as relações do homem com a natureza e o suporte social da reprodução da espécie. Nos três casos, prossegue o intelectual brasileiro, os conflitos emergentes assumem a forma de rejeição das estruturas de enquadramento social, de afirmação da criatura humana, de reivindicação da liberdade,
— Tudo se passa como se o homem houvesse desesperado de “aperfeiçoar” as engrenagens que criou, de criticar a razão a partir da própria razão, de defender-se da técnica com mais técnica. E para mudar de rumo, volta às próprias origens, retoma contato com suas dimensões secretas, assume a plena lucidez. E toma pé no fundamental, na essência do humano, que é a ânsia de ser livre — conclui Celso Furtado.


O Chile celebra o bicentenário de sua independência, congregando os municípios à volta do desafio da conservação do patrimônio e da conquista do futuro. Na mirada dos dois séculos de construção nacional dos países ibero-americanos, a linha evolutiva que advém dos primórdios milenares ilumina tanto a origem quanto o destino de nossas culturas, indicando a liberdade, a justiça e a paz como metas de que jamais nos afastaremos.

Ângelo Oswaldo de Araújo Santos é jornalista, escritor e advogado. Prefeito municipal de Ouro Preto (1993-96, 2005-08, 2009-12), exerceu os cargos de secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais, presidente e conselheiro do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, chefe de gabinete do Ministério da Cultura e ministro interino da Cultura do Brasil, na gestão do ministro Celso Furtado. Foi condecorado pelos governos de Portugal, Espanha e França.









....

martes, 7 de diciembre de 2010

Santiago, desigualdades urbanas y proyecciones


Por Francisco Olea, concejal de La Reina

Santiago de Chile -en este estudio- ocupa el lugar 5to, con un índice Gini de 0,55, en un ranking de 10 ciudades con mayor desigualdad.


ver:

http://www.lanacion.cl/santiago-desigualdades-urbanas-y-proyecciones/noticias/2010-12-06/200016.html

El estudio sobre: “Estado de las ciudades del Mundo 2010/2011: reducir la brecha urbana”, elaborado por ONU-Hábitat, incluye entre sus áreas de interés un análisis de la distribución del ingreso en cada uno de los países. Para este propósito se utiliza el coeficiente de Gini, que es una medida de la desigualdad que permite conocer estas asimetrías. Elaborado por el estadístico italiano Corrado Gini, el “coeficiente de Gini” es un número entre 0 y 1, en donde 0 corresponde con la perfecta igualdad y 1 corresponde con la perfecta desigualdad.

Según el informe mundial sobre asentamientos humanos del año 2009, en Latinoamérica y el Caribe, se indica que el 5% más rico de la población recibe un 25% del ingreso regional mientras el 30% más pobre recibe solo el 7,5%. Estos antecedentes vienen corroborando las brechas en nuestra región, que con este nuevo informe encienden las luces a sus habitantes y autoridades.

El foco de atención entonces, son las ciudades. En estos espacios, la sociedad y sus asentamientos urbanos observan crecimientos exponenciales, nuevas dinámicas de ocupación del suelo, tensiones y conflictos sociales en los últimos años, y el propósito de ONU-Hábitat es contribuir con diagnósticos y propuestas a pensar y planificar ciudades sustentables.

Santiago de Chile -en este estudio- ocupa el lugar 5to, con un índice Gini de 0,55, en un ranking de 10 ciudades con mayor desigualdad. Entre las ingratamente nominadas están: Goiania (0,65) en Brasil; Bogotá (0,61) en Colombia; Ciudad de México (0,56) en México; Provincia de Catamarca (0,55) en Argentina; Quito (0,54) en Ecuador; también Chillán (0,51) en Chile; Ciudad de Guatemala (0,50), Guatemala; Montevideo (0,45) Uruguay, y finalmente Managua (0,42) en Nicaragua.

Según los especialistas, algunos factores sobre esta problemática se explicarían porque, “las políticas de suelo y vivienda implementadas en los últimos 25 años en nuestras ciudades han tenido una incidencia directa en las condiciones de vida de los barrios y comunidades”. Asimismo, “en los años 80 los programas de erradicación de campamentos significaron traslados masivos de poblaciones de escasos recursos localizadas en áreas centrales hacia la periferia”.

Entonces, el proceso anterior, contribuyó a una fuerte e irreversible segregación espacial, lo que ha impactado y profundizado las brechas sociales, económicas, sociales y culturales en la ciudad, como queda demostrado en el caso de la distribución de los ingresos en el informe de ONU-Hábitat.

Junto con lo anterior, es imprescindible tener en cuenta que nuestra ciudad de Santiago ha sido impactada por procesos de modernización e impactos de la globalización en distintas escalas. Hoy, su estructura se hace más compleja, ya que concentra además cerca del 40% de la población y de la fuerza de trabajo, alrededor del 80% de las actividades financieras y un nivel de actividad económica que representa casi la mitad del PIB chileno. Por otra parte, los datos sobre pobreza son elocuentes. El año 2009 la línea de pobreza se estimaba en un 11,5%, asimismo, el total de población en situación de pobreza no indigente alcanzó un 8,8% y la población en situación de indigencia un 2,7%.

Así entonces, subsisten encrucijadas de una ciudad con fuertes contrastes sociales -pero también- de enormes oportunidades para enfrentar la desintegración social, la exclusión y estigma en barrios y ciertos segmentos sociales. En los próximos años las autoridades, el sector público y privado, mediante políticas públicas e instrumentos de gestión territorial, deberán enfrentar estos cambios y dilemas.

A modo de arriesgar “un recetario” o una “recopilación incompleta”, el diagnosticar y proponer líneas estratégicas de intervención urbano-inclusiva es una urgencia. Incentivos para nuevos subcentros de desarrollo e innovación, generación de educación y empleos de calidad, alternativas para el medio ambiente, transporte y paisajismo, condiciones para el crecimiento y medidas de mitigaciones, deberá ser el centro de gravedad de la planificación de la ciudad de Santiago del siglo XXI. Así quizás, las nuevas promesas de superar las brechas urbanas seguirán resultando seductoras y contagiosas para sus habitantes.

Finalmente teniendo en cuenta este registro asimétrico, y dada la velocidad de los cambios que se avecinan, nuestra ciudad enfrentará una serie de nuevos comienzos, pero también de incesantes finales. Vaya paradoja.






...

lunes, 6 de diciembre de 2010

Antenas celulares


La Reina, jueves 02 de diciembre 2010

Señores
Felipe Morandé
Ministro de Transportes y Telecomunicaciones

Jorge Atton
Subsecretario de Telecomunicaciones

Gobierno de Chile

Se cumplen 38 días desde que en nuestra comuna vecinos y residentes con el apoyo unánime del Concejo Municipal de La Reina, acordáramos desarrollar todas las acciones ciudadanas, administrativas y legislativas en torno a no permitir y rechazar la localización de antenas celulares en barrios residenciales, a la vez, solicitar que el proyecto de Ley sobre esta materia se tramite a la brevedad. Varios parlamentarios han apoyado estos postulados.

En nuestra comuna, se han emplazado nuevas antenas celulares en av. Larrain, av. Príncipe de Gale y calle Nuncio Laghi, lo que ha generado el malestar y rechazo activo de la comunidad. El impacto visual, el daño a la plusvalía de las viviendas cercanas de estas estructuras es innegable, también, los posibles efectos sobre la salud de las personas, lo que significo que mes de abril del año 2007 se tramitará en el Congreso un proyecto de ley que regula la instalación de torres y antenas de celulares.

Por lo anterior, solicitamos mediante esta carta, las siguientes demandas, de nosotros contribuyentes de este país:

a. Tramitación del proyecto de Ley sobre Antenas Celulares con carácter de urgente.
b. Número, localización y empresa que tienen Antenas Celulares en La Comuna de La Reina.
c. Número, localización y empresa que ingreso o tramita nuevas solicitudes de Antenas Celulares el año 2010-2011 en La Reina.

Finalmente, esperamos que una legislación de esta naturaleza sea una urgencia. Esto permitirá seguir mejorando las condiciones de vida de nuestros barrios y entornos familiares, lo que sin lugar, dará mayor tranquilidad a los residentes y ciudadanos.

Esperando una buena acogida, se despide atte



Tomas Fuentes Francisco Olea José M palacios
Concejales de La Reina


Por los vecinos:

Andrea Fazzolari Eugenio Montelafoy Ingrik Kaempfe


Cc vecinos de La Reina
Medios de comunicación
Archivo










....